Desperate Housewives By Brazil

E a bagaceira continua, desta vez com uma versão brazuca do sitcom americano Desperate Housewives. Mesmo depois de fracassos, como a versão brasileira de Married with Children e da patética Avassaladoras, que tentou seguir os passos de Sex and the City, parece que a lição ainda não foi aprendida. Séries americanas são investimentos milionários, parte da cultura ianque, e geralmente retratam o cotidiano adivinha de quem?! Dos americanos, dãã!!

Em Agosto, estréia no Brasil um produto caro, aproximadamente 50 milhões de dólares (5 milhões de dólares somente da Rede TV), uma versão da excelente série Desperate Housewives, que retrata com humor negro o cotidiano de um grupo de donas-de-casa americanas, que entre seus afazeres rotineiros são envolvidas em eventos bizarros como assassinatos e afins.

Novamente peca-se em tentar adaptar um universo que não nos pertence, um estilo de vida e linguagem que, mesmo com muito esforço, não se encaixa na nossa realidade. Agora, divertido mesmo é a escalação xexelenta do elenco brasileiro (ah, sim, outras versões latinas serão produzidas na mesma cidade cenográfica, tudo em Buenos Aires), que conta com nomes como Lucélia Santos (Teri Hatcher - SusanMayer), Viétia Zangrandi (Marcia Cross - Bree Van De Kamp), Franciely Freduzeski (Eva Longoria - Gabrielle Solis), Teresa Seiblitz (Felicity Huffman - Lynette Scavo), Isadora Ribeiro (Nicolette Sheridan - Edie Britt) e Sônia Braga (múmia de Tutankamon... sorry, Brenda Strong - Mary Alice Young). A direção é de Fábio Barreto.

Como eu odiei tudo, pelo menos quero sugerir um elenco diferente, abaixo minhas opções:

- Cláudia Abreu como Susan Mayer. A atriz tem a idade certa (ao contrário de Lucélia), o visual e tem talento tanto para comédia quanto para drama.

- Renata Sorrah como Bree Van De Kamp. A excelente atriz daria conta fácilda problemática personagem, uma de suas especialidades. E também seria o máximo recordar de Heleninha Roitman, já que a personagem torna-se uma alcoolatra na segunda temporada.

- Camila Pitanga como Gabrielle Solis. A atriz prova em Paraíso Tropical que tem talento e sensualidade de sobra, e seria legal um casal de negros bem sucedidos. Na versão americana são mexicanos.

- Beth Goulart como Lynette Scavo. Ela a energia que a personagem pede, eTeresa Seiblitz sempre parece uma mosca morta.

- Doris Giesse (de peruca!) como Edie Britt. Afinal, esse papo de Doris ter caído do 8º andar de um prédio e ter saído semi-ilesa não colou muito, né? Com isso ela sairia do ostracismo assim como a atriz original.

- Regina Duarte como Mary Alice Young. Só porque seria o máximo ver essa mala dando um BUM na própria cabeça. Mary Alice suicida-se logo no começo da série. Tá bom, essa foi de brincadeira...